Desunião europeia




Já ninguém tem dúvidas, que se a crise sanitária provocada pela covid19 vai ser muito dolorosa para a esmagadora maioria dos países do Mundo, onde se icluiem, obviamente, Portugal e os outros 26 da União Europeia, a crise económica que se lhe vai seguir corre o risco sério de ser ainda mais dolorosa.

Além do mais que provável aumento da pobreza, da fome e das desigualdades sociais corre-se o risco da Europa vir a sofrer uma escassez de bens essenciais, nomedamente alimentos, a começar no pão e produtos agricolas, com consequentes racionamentos como os que ocorreram no meio do século passado aquando da segunda guerra mundial.

A diferença para pior, é que no pós-guerra, a Europa pode contar com a solidariedade e apoio económico dos Estados Unidos, enquanto hoje se vê confrontada com um louco que tende a isolar os USA dos seus aliados ao ponto confiscar encomendas de material médico fabricado por empresas americanas e destinadas à Europa.



Por outro lado também os lideres europeus, se têm mostrado incapazes de se unir em torno dos principios de solidariade entre estados que presidiram à criação da UE.

É vergonhoso que países como a Itália e a Espanha, contem, nestes tempos de drama social, com o apoio da China ou mesmo da Rússia, apoio que não chegou dos parceiros europeus.

"Casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão"! É no contexto deste ditado popular que se deve ler o "bate boca" entre António Costa e o Ministro das Finanças holandês, para dias depois vermos Mário Centeno a defender o adiamento da discussão para depois da crise sanitária.

Pragmatismo ou a mania bem socialista de empurrar com a barriga?


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