Não há adultos em casa!
Hoje ouvi a gravação do que disse a loira da ministra da saúde sobre o lar de Famalicão e só apetece bater a esta gente. A pergunta para um milhão que nenhum jornalista foi capaz de lhe fazer: - SE (rezemos para que não) metade dos medicos ou enfermeiros do SNS, ou mesmo de apenas um hospital de referência, ficassem infetados, onde está o plano de contingência de Marta Temido? Onde estão os recursos humanos de segunda linha prontos a substituir os que ficarem doentes?
O JN noticia que os SAMS (serviços médicos dos bancários) vão encerrar o hospital e todos os postos clinicos em Lisboa e no Porto, mandando todos os funcionários em lay off durante 1 mês já a partir de amanhã e dizendo aos seus utentes que terão que procurar alternativas. Esta situação deve-se ao facto de ter vários funcionários infetados com covid-19.
"O número começou por ser pequeno, na semana passada a indicação que têm é
que já havia 13 infetados esta segunda-feira (23 de março) e segundo
afirmou a médica do SMZS, que esteve reunida com a diretora dos recursos
humanos, é que este número é muito superior, pois estão agora a ser
detetadas outras cadeias de transmissão, mas que a direção da unidade
não quis avançar com números. Aliás, não se sabe também quantos doentes
do SAMS foram infetados."
"Ao DN, o médico João Proença do SMZS explicou que o hospital
manteve os médicos todos em exercício de funções, mesmo depois de se
saber que havia cinco infetados e um enfermeiro."
"Para o sindicato dos médicos , o facto de os médicos terem continuado a exercer
funções está a ter estas "consequências drásticas" com aumento
exponencial de casos, "condenando veemente a atitude irresponsável da
direção do SAMS"."
No Centro de Saúde de Miranda do Corvo, como em todos, foram canceladas as consultas de rotina e o Centro encontra-se às moscas. Apesar disso as enfermeiras não têm disponibilidade para ir ao domicilio fazer o penso de uma úlcera varicosa a uma doente de 87 anos de idade, obrigando-a a deslocar-se ao Centro de Saúde com os riscos inerentes. Os meios de transporte não seriam problema, se houvesse vontade e organização pois a Câmara Municipal também a trabalhar em serviços minimos terá concerteza meios de transporte parados.
Enquanto isto, enfermeiras do Curry Cabral, por exemplo, voluntariam-se nos dias de merecida folga, para ir trabalhar e garantir assistência aos doentes infetados.
Hoje finalmente ouvimos falar do Presidente da República, e, pelas reações, meteu na ordem o camarada Centeno, que se preparava para abandonar o barco e refugiar-se no Banco de Portugal.
Haja alguém de bom senso.
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