Impacto




Ontem vimos nos ecrãs da TV um Primeiro ministro exausto, esmagado pelo peso dos acontecimentos ao ponto de ser de temer pela sua saúde.

Vimos também e sobretudo um homem só, que segundo rumores tem passado os ultimos Conselhos de Ministros a partir pedra, a convencer os incompetentes ministros da urgência das medidas que é preciso tomar; ministros que estão todos, sem exceção, desaparecidos em combate.

Se a isto acrescentarmos uma diretora geral de saúde, cujas afirmações ao longo desta crise já fazem parte do anedotório nacional, temos os ingredientes necessários para a tempestade perfeita. 

No combate à pandemia continuamos a funcionar à velocidade do caracol o que é profundamente deprimente. Já não falo da falta de capacidade para garantir a eficacia das medidas tomadas, como é o caso da cerca sanitária em Ovar, constantemente furada, mas da decisão de colucar de quarentena obrigatória todos os chegados ao país, vindos do exterior, medida que foi diferida no tempo para segunda feira. Agora já não são todos , mas apenas os que vierem de zonas de risco, e já não é em todo o país mas apenas no norte.


Dado o numero de infectados e de suspeitos é necessário mudar os procedimentos. Os técnicos da DGS criaram esses procedimentos, mas só poderão ser postos em pratica daqui a CINCO DIAS, para permitirem às entidades adaptarem-se a essa nova forma de funcionar e libertarem os espaços fisicos necessários!!! A sério? Os chineses fizeram um hospital de raíz em 10 dias!!! 

Por falar em espaços, e quando se montam hospitais de campanha em tudo o que é sitio, continua fechado em Miranda do Corvo, um hospital novo e equipado, com 60 camas! Quem anda distraído, ou que interesses se defendem, mesmo pondo em risco a vida dos portugueses?

Outra face do discurso oficial é o não menos preocupante efeito devastador que esta crise vai ter sobre a economia mundial e por arrasto da portuguesa.

Dando de barato que uma boa parte das medidas anunciadas são para salvar os bancos e a despesas do Estado, parece-me suicída o discurso de que o objectivo é manter os rendimentos das famílias como se isso fosse possivel. Pelo meio Antonio Costa lá deixou cair que parar por 3 meses a economia vai ter custos para as pessoas, as empresas e o Estado. Receio bem que quase ninguém ouviu essa parte do discurso.

É mais que provável que o desemprego vai rapidamente voltar aos 2 digitos, aproximando-se mesmo dos 20% e que o superávite orçamentado se traduzirá num défice a rondar a barreira dos 2 digitos. Perante isto teremos forçosamente o regresso da austeridade, com corte nos salários e um colossal aumento de impostos, isto porque o "Ronaldo das Finanças" não preparou o país para aguentar o impacto. É agora que vão ser postas à prova as caixas de banha da cobra vendidas pela propaganda socialista. Centeno, qual rato de porão, prepara-se para abandonar o barco.

Nota de rodapé - Alguém viu por aí o Presidente dos afetos, Marcelo Rebelo de Sousa? Não seria de colocar cartazes com " Procura-se, vivo ou morto" ?

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